Mandrake

Mandrake – José Henrique Fonseca – 2005

“Lança mão de tua coroa antes que alguém o faça”.

Há algum tempo a HBO produz os melhores seriados de TV a cabo e os melhores filmes feitos para TV. Família Soprano (1999), que se tornou algo tão grandioso que já caminha sozinha, Band of Brothers (2001), superprodução de Spielberg e Tom Hanks, que leva até hoje o título da produção mais cara para TV. Taken (2002), criação de Steven Spielberg para a HBO, atualmente reprisada na Fox, e o telefilme Angels in América (2003), que conseguiu juntar Meryl Streep e Al Pacino, sob direção de Mike Nichols de Closer (2004).
Depois de Epitáfios (2004), uma co-produção com a Argentina, com Cecília Roth, em 2005, a HBO voltou-se ao cinema nacional e em parceria com a Conspiração Filmes realizou o excelente policial Mandrake, com um custo de 6,7 milhões de reais que, com uma linguagem nova e madura, mostra um pouco do que é essa nova safra do cinema nacional.

Essa mini-série em 8 capítulos gira em torno de Mandrake (Marcos Palmeira), personagem criado por Rubem Fonseca, um mestre do romance policial brasileiro, no livro Mandrake – A Bíblia e a Bengala.

Mandrake é um jovem advogado criminalista do Rio de Janeiro, que trafega entre milionários, chantagistas, traficantes e socialites com sua visão crítica da sociedade. O personagem atua sob a vigilância protetora do antigo sócio do pai e também advogado, Wexler (Miele), um septuagenário, com quem divide o escritório, no centro antigo do Rio. No agitado dia a dia de Mandrake, quase sempre com Copacabana como cenário, duas mulheres têm participação ativa, a trintona Berta Bronstein (Maria Luiza Mendonça), mulher madura e sofisticada adepta de ioga e ótima jogadora de xadrez, é a namorada e a garota Bebel (Érica Mader – sobrinha de Malu), 18 anos, é o pecado do advogado.
Participam ainda do elenco Marcelo Serrado, como o amigo de Mandrake e Virgínia Cavendish, interpretando a secretária do escritório de Wexler e Mandrake. A música tema fica por conta do mestre do Jazz, Charles Mingus. A direção geral é de José Henrique Fonseca, diretor do O Homem do Ano – (2003), e que vem a ser filho do escritor. Ele também assina o roteiro ao lado de Felipe Braga e do titã Toni Belloto.
Alguns episódios aproveitam trechos do livro A Grande Arte, também de Fonseca e que recebeu uma adaptação cinematográfica em 1991, dirigida pelo estreante Walter Salles. Mandrake estreou no domingo 30 de setembro de 2005 e atualmente é reprisado no canal de séries originais da HBO.

Comentários

Kamila disse…
Cassiano, eu gostava mais do layout antigo do blog. Já estava acostumada mais a ele! :-)

Assisti "Mandrake" na HBO. Achei bem diferente, com uma linguagem interessante e com aqueles elementos que estão tão presentes nas séries da HBO (sexo, drogas, palavrões - ou seja, tudo é sem censura mesmo!).

No entanto, eu acho que a série depois de uns três capítulos foi ficando chata e repetitiva. O último capítulo foi muito decepcionante.

Para mim, os melhores episódios de "Mandrake", depois do primeiro, foram aqueles em que o Mandrake tinha que ficar de abstinência sexual e o que contou com a participação da Bianca Soares (aquela travesti da "Casa dos Artistas").

Bom domingo, Cassiano!
Kamila disse…
Ah, se você não assistiu, te recomendo "Filhos do Carnaval", que foi a segunda série produzida pela HBO no Brasil. Essa sim manteve o mesmo nível do início ao fim.
Anônimo disse…
Tem que se lembrar que A Grande Arte - O Filme desfigurou totalmente o personagem Mandrake, que lá era um fotógrafo americano... Quanto a série da HBO, em formato americano, eu não pude ver ainda (será que sai em DVD?), mas me fez lembrar outra produção nacional, essa de 1997. A Justiceira, protagonizada pela Malu Mader, pode não ter dado certo, mas lembro que na inocência de criança, eu ficava deslumbrado com aquelas cenas tipicamente americanas e duvidava que aquilo tinha sido feito no Brasil... Tinha ainda o charme da película, que nem sabia o que era na época, mas dava para notar a diferença. Inesquecível o José Wilker.

Ah, Cassiano, quanto ao novo visual do blog, aprovado, ok?
Museu do Cinema disse…
1 voto contra e 1 a favor do novo visual do blog!

Respondendo a Kamila. Discordo que a série tenha decaído com o passar do tempo, pelo contrário, os atores foram se integrando a trama. Mas essa é a minha opinião. Quanto a "Filhos do Carnaval" vi apenas um e gostei bastante, me lembrou demais o excelente filme "Rei do Rio", enquanto que Mandrake lembra outro excelente filme nacional "Faca de Dois Gumes".
Museu do Cinema disse…
Pois é Túlio, apesar de ser muito bem produzido "A justiceira" era muito ruim, e não tem nada a ver com Mandrake, que além de bela produção, tem muito do texto de Rubem Fonseca. Você sabe que adoro A Grande Arte, como já comentei em seu blog, pois acho Mandrake muito parecido. Espero que a série seja lançada em DVD, assim como Filhos do Carnaval e Epitáfios.
Anônimo disse…
Eu não disse que "A Justiceira" era ruim, só que tenho saudade. Tipo "Jaspion" ou "Changeman", que é tosqueira pura, só que deixa muita saudade da infância, entende? Ou seja, nostalgia. É isso que a série provoca em mim.

Abs, Cassiano!
Museu do Cinema disse…
Eu achei a série muito ruim Túlio, mas entendi sua colocação sim!

Abs
Anônimo disse…
além do mais, a Malu Mader ajudou a construir minha idealização de mulher... gosto das mulheres do tipo dela, acho que isso influenciou bastante...
Museu do Cinema disse…
Em Mandrake tem a sobrinha dela, uma versão ninfeta!
Anônimo disse…
Se é a que está numa das fotos que ilustra seu artigo, já vale a série inteira!!!!! pura tentação...
Julia Copp disse…
Hi! Posso comprar um DVD de Mandrake no Brasil? Não estamos nos Estados Unidos. Adoro Mandrake! É o meu favorito show. Obrigado pela ajuda!
Unknown disse…
Uma das séries que eu gostava. O delactor personagem Leonardo Sbaraglia, era meu favorito. Particioando está agora em uma nova serie 2015 : "O hipnotizador", onde ele é o protagonista e faz um grande papel na história. Eu recomendo vê-lo.