nip/tuck

nip/tuck – Ryan Murphy – 2003 (DVD e Canal FOX)

A realidade das cirurgias impressionam, mas a realidade da vida dos cirurgiões, Sean McNamara (Dylan Walsh) e Christian Troy (Julian McMahon) está muito longe de impressionar espectadores do século 21.

Com um roteiro fantástico e surpreendente, mas uma direção fraca, maniqueísta e frouxa, a série é destaque para a platéia norte-americana e conta o dia-a-dia da clínica de cirurgia plástica McNamara/Troy, e de seus sócios Sean e Christian.

Enquanto Sean entra na crise da meia-idade, revendo todas as suas decisões e sua vida conjugal com Julia (Joely Richardson), Christian, seu melhor amigo e sócio, é um mulherengo com uma linha bem fina que o separa da falta de ética. Apaixonado pela mulher do amigo, Christian é pai biológico de Matt, o filho mais velho do casal.

Com direito a muitas participações (dizem que Catherine Deneuve, Nicole Kidman e Madonna seriam as próximas), o seriado foi o cartão de entrada do diretor e criador da série Ryan Murphy, o novo queridinho de Hollywood, no mundo do cinema. Murphy é o diretor do cultuado Running with Scissors (2006) com Annette Benning, e já prepara Need, a primeira colaboração conjunta das amigas australianas Nicole Kidman e Naomi Watts. Se o diretor tiver a mesma falta de coragem da série, teremos mais um nome a se perder no mar de mediocridade do cinema norte-americano.

Comentários

Otavio Almeida disse…
Oi Cassiano!

De que falta de coragem vc está falando em NIP/TUCK? Achei muito forte pelas imagens... mas é disso o que está falando? As imagens das cirurgias, etc...

Não sou fã da série, e só assisti a 2ª temporada. Comecei a ver a 3ª, mas tudo era muito igual, mais do mesmo e me cansou... nem sei no que deu... É sempre a mesma coisa...

Abs!
Anônimo disse…
Eu assisti somente a primeira temporada de Nip/Tuck, quando cheguei na segunda nao passei do segundo capitulo. Mas olha que eu nao sabia que o criador da serie era o mesmo desse "Running with scissors" que eu quero ver... Tomara que os filmes dele estejam acima da serie, hein Cassiano?

Abs,
Kamila disse…
Adorava "Nip/Tuck". Acho que a série não tem nada de covarde. É muito arrojada e trata de temas bem pesados. No entanto, me desencantei com o seriado a partir dessa última temporada e todo esse mistério sobre quem era o Carver. A série virou um novelão de mau gosto.

Seria bom ver o Ryan Murphy continuando o trabalho que ele desenvolveu em "Popular", um seriado que, infelizmente, não teve tempo para se desenvolver, mas que era fantástico.
Marcus Vinícius disse…
Ainda não vi nenhum capítulo dessa série. Quanto a seriados sou xiita demais, até acompanho as novidades e tals mas vou envelhecer e vou continuar defendendo que 'X-Files' é imbatível, hehe. Das atuais, acho 'House' disparada a melhor.

Ah, esqueci de algo: TUUUUUUUUUUUUUUUTA NELES!!! =D
Museu do Cinema disse…
Oi Otavio, acho que Murphy fez cenas muito realisticas no quesito das cirurgias plásticas, isso é inegavel, mas falo que outros tipos de cenas, sexuais por exemplo, são de uma falta de coragem chocante! Outras imagens tb, em nenhum momento ele mostra os lugares mais "feios e sujos" como deveria ser, sempre preferindo filmar em estúdio. Se a série busca ser real, que seja em tudo envolvido.
Museu do Cinema disse…
Oi Romeika, tenho lido muitas críticas positivas de Running, principalmente da interpretação da Annette Benning, que sou fã. Mas tenho uma desconfiança desse diretor, acho que ele se vende fácil para Hollywood.

Oi Kamila, concordo contigo que a série é boa, o roteiro é excelente, mas pela exposição das cenas das cirurgias, ele foi frouxo em outros tipos de cenas. Esse foi o grande pecado dele. A série é real ou não é. Acho que ele tá muito londe de Sopranos por exemplo.

Marcus, viva nosso glorioso, mas confesso estar preocupado. X-Files mexia muito com o suspense de forma muito inteligente, não era fã da série, mas apreciava.
Anônimo disse…
Tenho que confessar que nunca prestei muita atenção nessa série, só via alguns episódios enquanto esperava começar CSI na Sony, e ficava procurando algo pra me distrair nesse meio tempo, mas pelos episódios que eu vi, a série não merece tanto Hype. É bem legalzinha sim, mas não é nada de mais. Não chega aos pés de House (que já foi citada) e CSI.

Muito bom o blog, e o texto, parabéns!
Túlio Moreira disse…
Bah, às vezes não ter tv a cabo faz uma puta falta! Sempre me sinto em outro mundo por não acompanhar séries como Lost, Heroes e essa nip/tuck. Vou tentar alugar o box e assistir numa sentada só!

abs!
Museu do Cinema disse…
Oi Renato, obrigado pelo comentário. Concordo com vc, a série é legal, mas nada maravilhoso não. Prefiro Os Sopranos.

Túlio, a maioria das séries foram lançadas em DVD, o único problema é tempo para ver todos os episodios de uma vez só. Comece pela Familia Soprano
Otavio Almeida disse…
Vc acha, Cassiano? Pode ser... mas filmar em estúdio pode ser uma opção finaceira. Acho que NIP/TUCK é corajoso demais por passar na TV... Acho que jamais seria levado ao cinema como projeto de estúdio...

Já acho que os problemas da série estão no que a Kamila disse. Virou mesmo um novelão de mau gosto. Os primeiros episódios da terceira temporada com a mulher obesa grudada no sofá e a cirurgia no macaco... "o horror, o horror..." Eu desisti.

Quanto a escolha de Ryan Murphy para RUNNING WITH SCISSORS, acho que se trata da busca por diretores em Hollywood. Aconteceu isso O DIABO VESTE PRADA, por exemplo. O cinema rouba diretores da TV, que vem roubando público dos cinemas... Depois, a maioria fica desiludida com o cinema e vai para a TV. Um acaba ajudando o outro - como em um ciclo. Uns cineastas dão certo no cinema, outros na TV...

A "troca" é diferente do que a Globo fez, por exemplo, com o Serginho Groismann, que deixou de apresentar um programa diário no SBT, para ficar com um programa semanal (sábados de madrugada) na Globo. Só para ferrar o SBT...

Viajei?

Abs!

E viva o Grêmio!
Museu do Cinema disse…
Eu acho Otavio, se fosse questão de custo a série não teria tantas externas, foi falta de coragem mesmo em retratar a realidade, como eles fazem tão bem na parte das cirurgias. Eu não consigo entender o pq disso? Se é para ser realista que seja em tudo.
Otavio Almeida disse…
Mas que a série entreou pelo cano, entrou...

Abs!
Kamila disse…
Cassiano, nem compare "Nip/Tuck" com "Os Sopranos". Essa última série já faz parte da genialidade com qual a televisão hoje atrai tanto público e tantos outros nomes interessantes.

"Nip/Tuck", infelizmente, enveredou por um caminho errado. A série deixou de ser real, como você colocou.
Museu do Cinema disse…
Talvez por isso Otavio, o público começou a esperar mais realismo da trama não só na parte das cirurgias.

Kamila, eu sou suspeitissimo para falar de Sopranos. Mesmo sem ser filme ela tá no meus melhores filmes da humanidade. Depois dá uma olhada no link sobre ela ai do lado em TV.
Kamila disse…
Cassiano, também tem uma série da qual sou fã e que faz parte do meu top de todos os tempos. Não sei se você conhece "Once and Again", série criada pelo Edward Zwick e pelo Marshall Herskovitz. Teve duas temporadas de puro brilhantismo.

A melhor hora dramática de televisão que eu já vi na minha vida foi nesse seriado. Um episódio chamado "Gardenia", que dá de capota em muito filme que eu já assisti.

PS: vou conferir seu post dos "Sopranos".
Museu do Cinema disse…
Já ouvi falar Kamila, mas nunca vi, saiu em dvd já?

Fale um pouco sobre ela, quem sabe um post no cinéfila por natureza?
Anônimo disse…
Valeu pela dica, Cassiano. Só tenho contato com os seriados que passam no SBT, hehehehehe

abs!
Museu do Cinema disse…
Disponha Túlio, as vezes é melhor alugar uma série do que muitos filmes nas locadoras. Principalmente nos finais de semana. Cuidado com Familia Soprano, é capaz de gostar e ter que gastar 500 reais nas cinco caixas.
Kamila disse…
Se saiu em DVD, foi só para o público dos EUA. Vou conferir essa informação e, quem sabe, não faça um post sobre "Once and Again" e sobre a genialidade de "Gardenia".
Museu do Cinema disse…
Faça sim Kamila, acho que necessitamos de informações sobre essas produções poucos comentadas nas mídias cinematograficas.